Mateus 1:18-25
Versículo. 18 “Ora, o nascimento de Jesus Cristo
foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado,
achou-se grávida do Espírito Santo”.
José estava desposado, isso
porque de acordo com a lei judaica o noivado se equivalia ao casamento. Mas não
coabitavam, possivelmente não moravam juntos e com certeza não tiveram atos
sexuais.
Imaginemos a surpresa de José
quando sua noiva achou-se grávida. Certamente ele ficou indignado, mas sua
afeição a ela prevaleceu para que não pedisse o divórcio, que poderia ser de
maneira pública ( Deut. 22:23-24) ou particular (Deut. 24:1).
Versículo. 19 “E como José era justo, e não a
queria infamar, intentou deixá-la secretamente”.
Ele poderia ter alegado razões
legais para divorciar-se de Maria. Mas isso a exporia por demais perante a
comunidade judaica. Então ele intentou um meio mais fácil de cumprir a lei (era
justo) e ao mesmo tempo não a iria infamar. Por outro lado, a lei judaica
determinava que se fosse o caso ele teria que cuidar dela. Por isso planejou um
meio de livrar-se dela e dentro da lei não infamá-la, ou seja, faria isso com o
mínimo de testemunhas.
Nota
Parece ironia, mas o problema
maior não estava nela e sim nele. Como estamos falando do livro de Mateus,
precisamos enfatizar a situação de Jesus como rei. E se estivesse ligado à
descendência de José, mesmo sendo filho de Davi, Jesus não teria direito ao
trono, porque a maldição de Jeconias (vimos no versículo 11) estava sobre a
linhagem paterna dele. Mas a linhagem de Maria estava fora desse juízo e era
também descendente de Davi. Por isso Jesus poderia ter nascido no ventre de
Maria, porém gerado pelo Espírito, para que se livrasse da maldição e pudesse
reivindicar o seu trono por direito.
A maldição de Jeconias se opondo à bênção de Judá
A maldição de Jeconias se opondo à bênção de Judá
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